Primeiro dia de aula de um novo professor

Na última quarta-feira dei aula para uma turma de graduação, como parte das atividades do mestrado. Era uma turma composta, em sua maioria, por estudantes de arquivologia e alguns de biblioteconomia. A disciplina: Metodologia da Pesquisa.

Achava que a quantidade de horas que tinha disponível era grande, teria que me esforçar para manter o ritmo durante todo aquele tempo, sem enrolar e sem deixar a aula inútil. Acho que consegui.

Questionei sobre qual a percepção que aquela disciplina provocava neles. Perguntei acerca do tema que tinham interesse para pesquisar. Levantei a possibilidade de que as possíveis dificuldades a serem encontradas iriam se concentrar no fato de que “o problema é justamente definir o problema de pesquisa”.

Eu apresentei da melhor forma possível as etapas necessárias para construção de um anteprojeto, falei sobre cada uma dessas etapas até os “objetivos específicos”.

Os questionamentos que foram levantados, as dúvidas explicitadas e o debate que por vezes se manifestava me fizeram ter a sensação de ter cumprido bem o papel de professor.

Foi um teste pessoal: poderia me tornar um bom professor?

O resultado me deixou com uma sensação de que poderia passar os próximos anos da vida fazendo isso também, se tiver oportunidade.

Vou lembrar de perguntar na próxima oportunidade o que acharam da aula. Simplesmente esqueci.

Andanças por Goiânia: XV Congresso Brasileiro de Arquivologia

Acabou o XV Congresso Brasileiro de Arquivologia. Estive presente desde o segundo dia, por conta de um vôo de partida que não me esperou. Mas, pessoalmente, foi muito bom o congresso.

Minhas impressões pessoais foram muito boas, em parte por ter conhecido algumas figuras interessantes, como:

  • Peter Van Garderen, do projeto ICA-AtoM
  • Didier Grange, do Conselho Internacional de Arquivos
  • Jaime Antunes, Diretor do Arquivo Nacional
  • Leonardo Borges, da Femade
  • Antônio (não lembro o sobrenome!), do Arquivo da CUT
  • André Ancona Lopez, da UnB
  • Sérgio Albite
  • Tarcísio Barbosa, da UnB
  • Marília Neves, da equipe de apoio do evento
  • Jeane Silva, Arquivista da Petros
  • Além de outros que apresentaram comunicações durante o evento

Além de conhecer gente nova, ainda pude reencontrar algumas pessoas que eu já havia tido contato anteriormente, como:

  • Pedro Moura, do Arquivo Público de Pernambuco
  • Carlos Lima, do Arquivo Municipal de Paracatu – MG e que foi meu colega na UFBA
  • Angélica Marques, doutoranda da UnB

Muito bom esse contato com as pessoas que esses eventos proporcionam… Tenho diversas coisas pra registrar sobre o que aconteceu e sobre o que vi no congresso, mas vou ter que fazer isso em outra oportunidade…

E mal posso esperar pelo III Congresso Nacional de Arquivologia, no Rio de Janeiro!

Resultado do Concurso de monografias de Arquivologia da Bahia

No último dia do Cinform – Encontro Nacional de Ensino e Pesquisa em Informação foi divulgado o resultado do primeiro concurso de monografias de arquivologia da Bahia, promovido pela Associação dos Arquivistas da Bahia – AABA.

Minha monografia de conclusão de curso foi a segunda colocada e tratava de “aspectos introdutórios” de representação de informação arquivística, na verdade, sobre uso de normas, padrões de metadados (EAD-DTD) e o projeto Archives Hub.

Quem quiser ler, pode acessar a versão publicada no periódico Ponto de Acesso, do ICI-UFBA. Basta acessar o menu de “Produção” acima que o link estará disponível nos submenus “Tudo (lista completa)”, “Artigos em periódicos” e “Monográficos”.

Esse tipo de concurso é uma boa forma de incentivar os estudantes a se dedicarem ao máximo na elaboração do trabalho. Parabéns à AABA!

Disponibilização de bases de dados arquivísticas legadas na Web

A maior parte das grandes instituições arquivísticas possuem suas bases de dados acerca dos acervos que custodiam. Geralmente são registros dos itens documentais, como é o caso do Arquivo Público da Bahia, cujas bases começaram a ser construídas a cerca de dez anos, salvo engano.

O grande problema dessas bases é que foram pensadas, construídas e mantidas ligadas a sistemas que permitem apenas a consulta local, sem acesso remoto. Disponibilizar essas bases na internet é um interessante desafio e muitas instituições ainda não conseguiram fôlego suficiente para encara-lo.

O Arquivo Público da Bahia tem um trabalho nesse sentido, intencionando a migração das suas bases para internet, o que demanda a mudança do Sistema Gerenciador de Banco de Dados e da interface utilizada. Atualmente estamos experimentando com o SGBD MySQL e a linguagem de programação PHP.

Qualificar os antigos e os novos instrumentos de referência/pesquisa por meio da adoção das normas de descrição arquivística é louvável, mas há muitos dados que podem ser úteis aos pesquisadores se estivessem disponibilizados, mesmo que não normalizados, na web.

Você conhece alguma instituição em situações ligadas a essa problemática? Já pensou sobre como ela está enfrentando a situação? Se desejar, mande um comentário contando!

Teste online para mensurar a “Personalidade” e a “Múltipla Inteligência”

Visitando o blog de um amigo, descobri o MyPersonality.Info, um site com testes de personalidade, inteligência e outras coisinhas. Achei a idéia curiosa.

O teste de personalidade é baseado nos tipos psicológicos de Carl Jung e na pesquisa de personalidade de Myers-Briggs. O de múltipla inteligência é baseado na teoria de Howard Gardner.

Fiz o de múltipla inteligência e personalidade e olha no que deu.

Usando milhagens para ir aos eventos de Arquivologia

Recentemente descobri que um dos meus cartões de crédito possuía um programa de pontuação que permite a conversão em milhagens em companhias aéreas.

Me empolguei. Sai procurando os últimos tickets de passagens que eu possuía e comecei a transformá-los em pontos de milhagem, consegui 1800 pontos. O programa de milhagens que escolhi foi o da TAM, no qual eu já havia feito o cadastro, mas nunca havia transformado as passagens em pontos antes por falta de interesse.

A pontuação do cartão de crédito me rendeu mais 1800. Com esse somatório, já poderia economizar uma passagem de ida (a depender, eu voltaria andando…).

Descobri ainda que a TAM possui parceria com alguns cartões de credito, transformando cada real pago nas faturas em 1,33 pontos de milhagem. Isso iria aumentar em 33% o incremento da minha pontuação, disse eu cá com meus botões…

Se é pra pagar a fatura, que pelo menos eu ganhe milhagens… Esse ano teremos um punhado de eventos de Arquivologia e de Ciência da Informação que quero participar, portanto, as milhagens ajudam.

Fiz minha proposta para um desses cartões da TAM (pelo Itaúcard, pois o Unicard me complicou muito a vida…), se eles elevarem meu limite ao valor que quero, eu cancelo meus outros e uso apenas esse.

Holmes indexa mais um periódico em CI: Liinc em Revista

Acabo de incluir o periódico eletrônico Liinc em Revista no Holmes. A primeira coleta de metadados revelou 43 artigos no Liinc e que foram incluídos na base do Holmes.

Agora as estatísticas apontam 35 periódicos ou repositórios e cerca de 24.743 trabalhos indexados no campo de estudos da Informação.

Hoje também disponibilizei um texto sobre o Holmes na área de Produção do meu blog. O texto foi apresentado no XIV SNBU, que ocorreu em Salvador-Ba no ano de 2006.

Descrição Arquivística na Web: o que há de vir

Pessoas no arquivoFalar de descrição arquivística é falar de representação da informação, ou representação arquivística, como aponta a autora Elizabeth Yakel (2003). Na Arquivologia, estamos acostumados a ouvir ou ler que temos que descrever o conteúdo e o contexto, isso para prover acesso.

Promover acesso é um lado da moeda (do outro lado estaria a preservação), como diria meu orientador de pesquisa. É o acesso que permite a construção da identidade cultural dos consulentes de um acervo, cujo conteúdo sirva para isso. Ou ainda, conhecer a história dos grupos sociais ou entorno em que vivemos. Ou, mais além, entender melhor culturas e grupos diferentes dos nossos.

O esforço em construir uma revisão de literatura sobre a descrição arquivística, no âmbito do mestrado, é recompensada por novas formas e possibilidades que a Web apresenta. Não apenas o acesso rápido e fácil, mas, muito mais que isso, a interatividade possível e o processo de construção colaborativa da representação da informação arquivística.

Muitos pesquisadores possuem informações e idéias excelentes, que podem auxiliar na pesquisa de outros, mas isso não é aproveitado. Não há, digamos, uma gestão desse conhecimento (olha a gestão do conhecimento marcando presença na arquivologia, alguém duvidava dessa possibilidade?).

Colocar nossos instrumentos de referência (opa, estamos acostumados com o termo “instrumentos de acesso”) na Web, pura e simplesmente, não significa aproveitar o que a Web pode oferecer.

Meu trabalho no mestrado se propõe a pensar nessas possibilidades, convido aos interessados a acompanharem o blog, aqui irei avisar dos trabalhos e eventos que deverei falar mais sobre isso.

Que venham esses próximos dois anos. 🙂

– Ricardo Sodré Andrade

YAKEL, Elizabeth. Archival Representation. In: Archival Science, vol. 3, 2003.

Manipulando documentos PDF

Criar um documento PDF, fundir dois documentos em um só, apagar uma página… São coisas que as vezes queremos fazer e não sabemos como.

Encontrei uma página com aplicativos que fazem isso e outras coisinhas mais, é o PDFTK Builder & other PDF resources for Windows.

É sempre bom guardar nos favoritos ou no Del.icio.us, nunca se sabe quando iremos precisar de um software para mexer em um PDF. 🙂

Formas de comunicação pessoal: a utilidade desse blog

As pessoas fazem possuem blog pelos mais diversos motivos. Da criação de um diário pessoal e público, em um exercício egocêntrico, porém válido, até o que podemos chamar de utilidade pública, com a publicação de conteúdos úteis à outras pessoas.

Depois da criação do Portal do Arquivista, percebi que haviam coisas que eu queria falar, mas o portal não era o local. Notícias relacionadas às minhas idas aos eventos ou recentes publicações em periódicos destoavam dos conteúdos abrangentes que o portal costuma publicar.

Veio então a idéia de um blog pessoal, onde eu pudesse ter liberdade de publicar conteúdos que se referiam a mim e a meu trabalho. O nível de impessoalidade do Portal do Arquivista não irá vigorar aqui, é um espaço pessoal, porém, destinado a estabelecer comunicação com meus amigos e desconhecidos interessados em minha produção.

A utilidade se resume a ser um veículo do que eu fizer e que seja de interesse de outros, como o compartilhamento de pensamentos ou da produção de conhecimento que ocorre no âmbito do mestrado, minha atual atividade acadêmica ou do trabalho, ligado ao campo da Arquivologia.

E a comunicação não é unilateral, os campos de comentários existem para que seja possível a troca de impressões entre os visitantes, não deixe de comentar!

abraço,

Ricardo Sodré Andrade