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Descrição Arquivística na Web: o que há de vir

Pessoas no arquivoFalar de descrição arquivística é falar de representação da informação, ou representação arquivística, como aponta a autora Elizabeth Yakel (2003). Na Arquivologia, estamos acostumados a ouvir ou ler que temos que descrever o conteúdo e o contexto, isso para prover acesso.

Promover acesso é um lado da moeda (do outro lado estaria a preservação), como diria meu orientador de pesquisa. É o acesso que permite a construção da identidade cultural dos consulentes de um acervo, cujo conteúdo sirva para isso. Ou ainda, conhecer a história dos grupos sociais ou entorno em que vivemos. Ou, mais além, entender melhor culturas e grupos diferentes dos nossos.

O esforço em construir uma revisão de literatura sobre a descrição arquivística, no âmbito do mestrado, é recompensada por novas formas e possibilidades que a Web apresenta. Não apenas o acesso rápido e fácil, mas, muito mais que isso, a interatividade possível e o processo de construção colaborativa da representação da informação arquivística.

Muitos pesquisadores possuem informações e idéias excelentes, que podem auxiliar na pesquisa de outros, mas isso não é aproveitado. Não há, digamos, uma gestão desse conhecimento (olha a gestão do conhecimento marcando presença na arquivologia, alguém duvidava dessa possibilidade?).

Colocar nossos instrumentos de referência (opa, estamos acostumados com o termo “instrumentos de acesso”) na Web, pura e simplesmente, não significa aproveitar o que a Web pode oferecer.

Meu trabalho no mestrado se propõe a pensar nessas possibilidades, convido aos interessados a acompanharem o blog, aqui irei avisar dos trabalhos e eventos que deverei falar mais sobre isso.

Que venham esses próximos dois anos. 🙂

– Ricardo Sodré Andrade

YAKEL, Elizabeth. Archival Representation. In: Archival Science, vol. 3, 2003.

Formas de comunicação pessoal: a utilidade desse blog

As pessoas fazem possuem blog pelos mais diversos motivos. Da criação de um diário pessoal e público, em um exercício egocêntrico, porém válido, até o que podemos chamar de utilidade pública, com a publicação de conteúdos úteis à outras pessoas.

Depois da criação do Portal do Arquivista, percebi que haviam coisas que eu queria falar, mas o portal não era o local. Notícias relacionadas às minhas idas aos eventos ou recentes publicações em periódicos destoavam dos conteúdos abrangentes que o portal costuma publicar.

Veio então a idéia de um blog pessoal, onde eu pudesse ter liberdade de publicar conteúdos que se referiam a mim e a meu trabalho. O nível de impessoalidade do Portal do Arquivista não irá vigorar aqui, é um espaço pessoal, porém, destinado a estabelecer comunicação com meus amigos e desconhecidos interessados em minha produção.

A utilidade se resume a ser um veículo do que eu fizer e que seja de interesse de outros, como o compartilhamento de pensamentos ou da produção de conhecimento que ocorre no âmbito do mestrado, minha atual atividade acadêmica ou do trabalho, ligado ao campo da Arquivologia.

E a comunicação não é unilateral, os campos de comentários existem para que seja possível a troca de impressões entre os visitantes, não deixe de comentar!

abraço,

Ricardo Sodré Andrade