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Sobre blockchain, criptomoedas e outras aplicações – o básico de detalhes avançados

Blockchains

O blockchain (ou “cadeia de blocos” ou “corrente de blocos”) é uma tecnologia que usa a descentralização como forma de assegurar a integridade dos dados armazenados. A ideia de um encadeamento de dados, cada um ligado a outro de forma indissociável, possui como função a criação de um índice global para todas as transações que ocorrem em um determinado ambiente. Imagine uma corrente onde cada elo possui a informação sobre qual era o elo anterior – encadeando os blocos de forma ordenada e interligada.

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Representação da informação e computação cognitiva

Representar a informação é uma atividade nobre, ou percebida como uma das mais importantes no tratamento informacional/documental. Criar condições de acesso a conteúdos cada vez mais vastos, dentro e fora da rede é, antes de tudo, uma tarefa que suscita a impossibilidade.

Há algum tempo, algo como três anos, escrevi minha dissertação de mestrado sobre o aproveitamento da web 2.0 para viabilizar a descrição arquivística. A idéia é chamar a multidão ávida pelo lúdico na rede e oferecer uma atividade que atenda aos anseios da participação, colaboração e ludicidade que a internet pode proporcionar.

Um exemplo é o projeto Old Weather, que transforma o trabalho de transcrição paleográfica em um jogo de temática bem interessante: torne-se um tripulante de antigos navios e ajude a copiar os dados dos diários de bordo. Você pode se tornar um capitão, dentro das regras e parâmetros do jogo e o projeto ganha uma base de dados com os dados metereológicos capturados pelos navios ao longo de décadas.

Mas, se apenas os diários de bordo já constituem um conjunto impossível de representar com uma quantidade de pessoas reduzida, como são as equipes nas instituições, considere todo o universo documental dentros dos arquivos ao redor do mundo. Há muito. Mesmo a multidão da internet pode se cansar.

E as máquinas? Elas não podem representar? Não podem interpretar textos sem as marcações semânticas da web 3.0?

Há quem argumente que um dos filões laborais dos profissionais da informação é justamente a representação da informação, que, junto com a mediação,  se constitui na exclusiva capacidade humana de interpretar as nuances da linguagem e dos registros.

Mas as máquinas estão correndo contra o “tempo perdido”. A computação cognitiva pode atuar nesse contexto em pouco tempo. O projeto Watson, da IBM, por exemplo, quer justamente criar a possibilidade de máquinas realizaram o chamado processamento de idioma nativo, Não é tarefa fácil, a linguagem é imprecisa, as vezes irônica, muitas vezes sentimental.

A ciência quer que as máquinas entendam todas essas nuances e um pouco mais. Esse avanço pode ajudar a representar automaticamente os documentos sem marcações semânticas dentro e fora da internet. Será um passo e tanto.

Em terras portuguesas…

Esse é realmente um blog de poucas atualizações. Enquanto eu não passar a alocar tempo suficiente para escrever pequenos textos dignos desse espaço, vou apenas atualizando um pouco os acontecimentos.

Como comentei em post anterior, escapei do Brasil com destino a Portugal para as minhas aulas no doutoramento em Informação e Comunicação em Plataformas Digitais, curso mantido pelo conjunto Universidade do Porto e Universidade de Aveiro.

Pouco menos de 3 a 4 anos mais e, se Deus quiser, voltarei à pátria com mais um e possivelmente definitivo canudo, completando a tríade Bacharelado-Mestrado-Doutorado.

A foto acima foi tirada na cidade de Guimarães, dentro da bela construção que é o Castelo de Guimarães, em um dos meus 3 fins de semana de folga até agora.

Programando o doutorado

Fazer o doutorado provavelmente será a próxima etapa da formação acadêmica. Aproveitar a bagagem do que foi feito e subir mais alguns degraus é o único caminho a seguir depois do mestrado. Claro, há também a opção de parar e se contentar com o que já se tem, mas isso está descartado.

Após o ingresso na UFBA como servidor (vai fazer um ano!) tenho algumas vantagens e desvantagens que devo considerar no planejamento para cursar o doutorado.

A UFBA paga mais do que as bolsas CAPES e CNPq, fora os itens como previdência, férias, vale-alimentação… Por outro lado, há contrapartidas à instituição caso eu venha a pedir licença remunerada, como a obrigatoriedade do retorno quando o doutorado findar.

Meu atual local de trabalho na UFBA me permite sair, atravessar uma rua e entrar no prédio onde as aulas do doutorado ocorrem. Por outro lado, minha rotina será mais apertada, algumas idéias do campo pessoal terão que ser adiadas…

Fazer mestrado e doutorado se traduz em escolhas difíceis para muitas pessoas, eu acho que já me acostumei a esses dilemas da academia. Acho interessante quando ouço preocupações relativas a pedir demissão para viabilizar o mestrado. São escolhas que temos que fazer e muitas vezes o preço se apresenta caro demais.

Sabendo que elas existem, talvez não todas identificadas, me pergunto: quais escolhas mais um candidato a doutorado deve considerar?

Novo texto publicado em periódico trata de aspectos teóricos e históricos da descrição arquivística e a evolução dos instrumentos de referência até a Web 2.0

O periódico do Instituto de Ciência da Informação da UFBA acaba de lançar mais uma edição e um dos artigos publicados é produto da minha pesquisa de mestrado.

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Disponibilização de bases de dados arquivísticas legadas na Web

A maior parte das grandes instituições arquivísticas possuem suas bases de dados acerca dos acervos que custodiam. Geralmente são registros dos itens documentais, como é o caso do Arquivo Público da Bahia, cujas bases começaram a ser construídas a cerca de dez anos, salvo engano.

O grande problema dessas bases é que foram pensadas, construídas e mantidas ligadas a sistemas que permitem apenas a consulta local, sem acesso remoto. Disponibilizar essas bases na internet é um interessante desafio e muitas instituições ainda não conseguiram fôlego suficiente para encara-lo.

O Arquivo Público da Bahia tem um trabalho nesse sentido, intencionando a migração das suas bases para internet, o que demanda a mudança do Sistema Gerenciador de Banco de Dados e da interface utilizada. Atualmente estamos experimentando com o SGBD MySQL e a linguagem de programação PHP.

Qualificar os antigos e os novos instrumentos de referência/pesquisa por meio da adoção das normas de descrição arquivística é louvável, mas há muitos dados que podem ser úteis aos pesquisadores se estivessem disponibilizados, mesmo que não normalizados, na web.

Você conhece alguma instituição em situações ligadas a essa problemática? Já pensou sobre como ela está enfrentando a situação? Se desejar, mande um comentário contando!